MAFALDA FERNANDES
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A vespa asiática
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OPINIÃO | Tem levado a efeito verdadeiras razias nas colmeias
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É sabido, de longa data, que a vespa asiática aportou ao norte da Península Ibérica em porta contentores vindos do Oriente e carregados com produtos variados de que se foram alimentando durante as longas viagens. Inicialmente, no nosso país, começou por importunar os agricultores da província do Minho que, a princípio, não sabiam bem como exterminá-las. Procuraram levar a efeito acções de destruição do feroz insecto durante a noite e por meio do fogo ateavam aos seus volumosos ninhos, em geral, pendurados nos galhos mais altos dos arvoredos. A vespa asiática alimenta-se das cabeças da abelha comum e tem levado a efeito verdadeiras razias nas colmeias para grande prejuízo dos agricultores. A partir da região minhota disseminou-se para o sul, para todo o nosso país, e, como tal, não podia deixar de chegar a Fermedo, pelo que, tem sido frequente, segundo consta, o aparecimento de ninhos de vespa asiática nesta boa terra. A vespa comum também é frequente, desde há tempos imemoriais, por estas paragens. É perigosa para o ser humano, como são as abelhas, mas não atacam as obreiras do mel e da cera. Procuram os lugares onde abundam as flores, que não são apenas os jardins numerosos, pelos lugares, mas também os cemitérios, particularmente no Verão, onde abundam mais as flores e o néctar. Neste caso, passam a constituir um perigo público, na medida em que os cemitérios são pontos de frequência das pessoas. Pelo que sabemos, até por experiência pessoal, a exterminação dos ninhos da vespa asiática é da competência dos serviços municipalizados das câmaras municipais, mas a exterminação da vespa comum que, às vezes se alberga e prolífera dentro das próprias sepulturas já não. A verdade é que, constituindo um perigo público, porque ninguém está livre de um choque anafilático, devia ser também da competência dos serviços municipalizados a eliminação da vespa comum. Os encarregados da exterminação da vespa asiática são possuidores de fardamento próprio para o efeito e não é qualquer cidadão que possuí esse equipamento, indispensável na eliminação das vespas, sem o risco inerente. Recentemente, os serviços da Câmara Municipal de Arouca abriram mão desta restrição e fizeram um trabalho excelente no cemitério de Fermedo. Por parte dos possuidores do mausoléu afectado, o nosso muito obrigado.
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