SOCIEDADE
 
Debate sobre a evolução do ensino em Arouca e o seu impacto na oferta escolar e no território
 
Necessário implementar políticas de incentivo à natalidade e à permanência e fixação de população nas aldeias
 
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O programa de encerramento da comemoração dos 120 Anos de Ensino Oficial em Rossas integrou ainda um debate a propósito da evolução do ensino em Arouca e o seu impacto na qualidade da oferta escolar e no território.
Teve lugar no Centro Cultural de Rossas, foi promovido pelas entidades envolvidas naquela comemoração, em parceria com o Círculo Cultura e Democracia, e teve como intervenientes: Cláudia Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal, com o Pelouro do Desenvolvimento Educativo e Social; Amélia Rodrigues, professora e directora do Agrupamento de Escolas de Arouca; Isabel Paiva, presidente da Junta de Freguesia de Rossas e fundadora e ex-presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Polo Escolar de Rossas; e Óscar Brandão, professor, ex-vereador e actual membro da Assembleia Municipal de Arouca.
O debate foi moderado por António Brandão de Pinho, um dos autores do livro “120 Anos de Ensino Oficial em Rossas”, que começou por justificar esta iniciativa na necessidade e oportunidade de, em contexto próprio e do lado de cá, da escola e de quem a faz, proporcionar uma análise à evolução e actualidade do ensino em Arouca e os seus impactos na qualidade da oferta escolar e no território, nomeadamente, por força das alterações implementadas nos últimos anos na rede escolar de Arouca, por força da criação dos Agrupamentos e concentração de escolas, o que alterou substancialmente o paradigma que todos ainda conhecemos com escolas espalhadas por todas as freguesias e muitos lugares destas. Referiu ainda que o facto de Rossas ter tido o privilégio de manter a sua escola acarreta para esta uma obrigação maior na promoção deste tipo de iniciativas, lamentando o facto de não se ter conseguido trazer a este debate, nomeadamente, as freguesias vizinhas que perderam as suas escolas e terão já uma perceção real do impacto dessa transformação nos respectivos territórios.
O debate, no entanto, acabou por se revelar muito rico e interessante pelo empenho e à vontade dos intervenientes relativamente aos temas colocados em cima da mesa, e que foram desde a dispersão do território e a rede de transportes escolares; as eventuais maiores dificuldades de aprendizagem dos alunos das aldeias mais afastadas da vila; a composição das turmas; a consciencialização dos pais em poder e querer intervir nos assuntos da escola e a criação e participação nas Associações de Pais e Encarregados de Educação; as razões para a perda de autoridade do professor; a agregação das Escolas e as resistências no âmbito desse processo; a criação e funcionamento dos Agrupamentos e sua articulação com o Município; os novos desafios e competências que se colocam às freguesias onde se localizam os novos Polos Escolares; e o impacto no território, identidade e autonomia das freguesias que viram encerrar as suas escolas.
Apesar das ideias muito concretas que todos os intervenientes manifestaram, propenderam todos a concordar com o que se tem feito nos últimos anos em Arouca neste domínio, porquanto, mais do que resultado de medidas locais, tem sido consequência de imposições governamentais, com base em critérios a que a diminuição da natalidade não tem conseguido fazer frente. Pelo que, propenderam a concordar também na necessidade de criar e/ou implementar políticas de incentivo à natalidade e à permanência e/ou fixação de população nas nossas aldeias, nomeadamente naquelas que viram as suas escolas fechar.
O debate estendeu-se muito para além do tempo previsto e por vontade dos intervenientes, bem como da frequência com que a assistência pretendeu intervir no mesmo, ainda se estenderia por mais, o que, por si só, demonstra a pertinência do mesmo, tendo o moderador concluído com a esperança de que este debate, informal e em contexto próprio, possa fazer-se também noutros locais do concelho. 2023-01-31 (fotos: Carlos Pinho)
 
Arouca

Sábado, 01 de Abril de 2023

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"A associação de direito privado AGA recebe mais apoio da Câmara que as restantes 69 associações concelhias todas juntas"

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