SOCIEDADE
|
|
|
Lançamento do livro '120 anos de Ensino Oficial em Rossas'
|
|
|
Os autores da obra na apresentação
|
Antigos professores e alunos reuniram-se hoje na escola da freguesia para celebrar data evocativa
|
|
Mais fotos
No dia 28 de Maio de 1902, no final da monarquia, foi criado oficialmente o ensino primário em Rossas. Desde então e até aos dias de hoje foram muitos os docentes e educadores que leccionaram na freguesia de Malta, e vários milhares de crianças que ali aprenderam as primeiras letras e os primeiros cálculos, e onde fizeram amizades para a vida. O livro ‘120 anos de Ensino Oficial em Rossas' dado agora à estampa, onde são revisitadas essas memórias, é da autoria de dois rossensses, António Brandão Pinho e Miguel Brandão, desde sempre apaixonados pela terra natal e ambos fortemente interventivos na dinâmica social, cultural e histórica da sua freguesia de berço. A manhã de hoje foi marcada pela saudade e pelos testemunhos de alguns dos actores daquele estabelecimento de educação. Antes da sessão solene de apresentação da obra, decorreu um momento musical de boas vindas pelo grupo de cantares do "Grupo Cultural e Recreativo de Rossas", seguido do momento de homenagem aos professores que leccionaram naquela escola. Seguiu-se o descerramento da placa de homenagem ao professor Mário Brandão, o director da escola mais tempo em funções, quase três décadas, tendo sido atribuído o seu nome à biblioteca da escola, recentemente inaugurada e ‘paredes-meias' com o novo "Gabinete Digital" instalado no Pólo Escolar de Rossas, criado no âmbito do orçamento participativo da autarquia. A sessão solene decorreu no Centro Social, local onde funcionou a escola primária no período entre 1933 e 1968. António Brandão Pinho foi o primeiro orador, sublinhando que, «120 anos é uma data redonda, que não se atinge todos os dias. Agradeço o apoio da Junta de Freguesia, do Pólo Escolar de Rossas e da Associação de Pais por esta iniciativa». «Com este livro queremos homenagear os professores e alunos que passaram pela escola da freguesia. Não foi um trabalho fácil, o livro tem a data de 2022 mas só hoje foi possível lançá-lo. Foram surgindo várias dificuldades pelo caminho, mas conseguimos ultrapassá-las». «Estou a dar a cara por este trabalho e assumo os erros que possam aparecer, tivemos que bater muitas portas, elaborar a lista de professores e dos funcionários... não foi tarefa fácil», assinalou o autor da obra. «Este livro é uma resenha de fontes através dos órgãos de comunicação social de Arouca. Este trabalho acaba por ser um repositório de factos. É mais um contributo para a história de Rossas». Finalizou com uma afirmação que ouviu recentemente num seminário de História: «Perdermos a memória, a história, é perdermos a nossa autonomia a nossa independência». O outro autor do livro, Miguel Brandão, numa intervenção mais intimista, desfiou as memórias dos seus tempos da escola e a sua importância na sua vida. «Experiências que ajudam a moldar o nosso carácter. A escola são as memórias que fomos acumulando». José Costa Gomes, actual coordenador da escola, lembrou que, «já fizemos uma exposição com os brinquedos de antigamente feitos pelos alunos, pais e avós. Queremos criar um espaço reservado para objectos de antigamente. Muito obrigado ao Miguel e ao António, assim como à Câmara de Arouca, Junta de Freguesia, Agrupamento de Escolas de Arouca e Associação de Pais pelo apoio dado às diversas actividades levadas a efeito para assinalar esta data marcante na vida da escola». A presidente da Junta de Freguesia, Isabel Brandão, começou por referir «o orgulho em ter apoiado este livro. A escola transmite os valores da sociedade onde está inserida. Gostaria de homenagear aqueles que foram fundamentais na formação de várias gerações de rossenses». A directora do Agrupamento de Escolas de Arouca, Amélia Rodrigues, salientou que «todos os espaços têm rostos e memórias. Uma escola com 120 anos teve muitos rostos... dos alunos, professores, funcionários e pais. Tenho muito gosto em estar aqui presente». As intervenções encerraram com a vereadora da educação da edilidade, Cláudia Oliveira, que enalteceu «o trabalho que hoje é dado à estampa. A "gratidão" está muito presente neste livro. Escrever um livro implica muito arrojo e coragem. Em nome do município agradeço aos autores deste trabalho. O que está aqui é um trabalho da comunidade rossense, é fruto do trabalho e do envolvimento de todos». JCS 2023-01-28
|
|
|